Imagem: Dreamstime
Wallace Vianna é desenvolvedor web e editor do blog Profissionais de Tecnologia
Pior do que ficar discutindo o sexo dos anjos é discutir se
(a) Mac é melhor do que PC (b) Illustrator é melhor do que Corel Draw (c) a tecnologia
“nova” é melhor que a “velha”.
Primeiro, Mac é melhor que PC para que finalidade e em que
contexto? Já vi Mac travar e ficar lento igual a PC. Por outro lado, se
trabalho com multimídia só vou ver
vantagens evidentes, até me acostumar com as diferenças entre as duas
plataformas.
Sobre o Corel Draw e Illustrator, nenhum
dos dois, pois já vi o finado Freehand em uso, e, confesso que me vi tentado a
migrar pois o Freehand é um programa muito amigável (como o Corel Draw) e com
um fã clube dos mais fortes (como o Illustrator).
Se nós fazemos foco na solução do problema - e não no meio de solução - a discussão perde o sentido.
Sobre tecnologia nova e velha, claro que o acendedor elétrico de fogão é melhor do que tirar faísca de duas pedras. A questão é: se eu não tiver uma tecnologia a mão, posso usar a outra para resolver meu problema, da mesma forma, não posso?
Quem discute sobre isso na verdade quer dizer que "a tecnologia X ou Y se aproxima mais de minha percepção do mundo", o que é compreensível. Um dia teremos tecnologia 100% personalizável a cada um de nós - vindo de fábrica! - mas por enquanto temos de comprar tecnologia empacotada e ir ajustando a nosso jeito de ser e fazer as coisas.
Quando se fala sobre “tecnologia velha” temos de encarar dois
lados técnicos da questão: a tecnologia velha já foi muito depurada, testada e
aperfeiçoada. E, portanto, tem muitas qualidades a serem exploradas e
utilizadas. A “Tecnologia nova” só tem a
seu favor resolver alguns problemas que a tecnologia anterior não resolveu. No
mais, tem todo um cabedal de problemas a ser resolvido, e pode trazer mais
problemas do que soluções a curto e médio e longo prazo.
Coloco neste balaio de gatos o CD em relação ao Vinil, o Flash em relação ao HTML 5, o último Nokia, Sony ou Sansumg em relação ao novo Iphone.
Coloco neste balaio de gatos o CD em relação ao Vinil, o Flash em relação ao HTML 5, o último Nokia, Sony ou Sansumg em relação ao novo Iphone.
Certo, sei que as novidades tecnológicas possuem todo um
“diferencial competitivo”, pois é conhecimento que poucos dominam e portanto
tem maior valor de mercado. Tirando isso, o que sobra (sei que parece que tirei
essa frase dum diálogo do primeiro filme d’Os Vingadores, mas é isso mesmo)?
Acho que se nós fizermos foco na solução do problema - e não
no meio de solução - a discussão perde o sentido e podemos encontrar um equilíbrio mais saudável (e com
melhor custo-benefício) no uso das tecnologias. Se eu já conheço uma ferramenta
e posso fazer o formulário de meu site ser validado em Javascript, não preciso
aprender PHP só porque o core code
(código essencial) do formulário é PHP.
Se eu conheço tecnologias que resolvem meu problema só vou aprender mais uma se eu tiver necessidade. Ou se isso acrescentar algo em meu currículo (e olha que mesmo assim vou ter de praticar anos a fio pra não jogar o conhecimento fora).
Se eu conheço tecnologias que resolvem meu problema só vou aprender mais uma se eu tiver necessidade. Ou se isso acrescentar algo em meu currículo (e olha que mesmo assim vou ter de praticar anos a fio pra não jogar o conhecimento fora).
Em resumo: tecnologia não precisa ser terreno árido como o
Linux nem um paraíso fora do mundo real como o Macintosh. Nem ficar no meio
caminho como o Windows. Tecnologia é meio, a solução pode vir de qualquer
ferramenta, nova ou velha.
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