sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Software no século XXI

 

Imagem: Coderus.com

Wallace Vianna é webdesigner e desenvolvedor web


Estava usando um software de trabalho, com versão online quando percebi que ele não estava salvando meu trabalho. E pior: nenhum aviso me foi dado a respeito.

Era o meu disco rígido que estava cheio. “Mas normalmente o navegador ou o Windows avisa quando isso ocorre”, vão dizer. Sim, mas neste caso quem estava gravando no meu disco rígido era o software na nuvem, e o salvamento (estranhamente) não passava pelo navegador web – a conversa era entre a nuvem (internet e o HD). Isso mostra que o software no século XXI passa por alguns desafios a resolver, e aos quais faço algumas sugestões:

Software: problemas e soluções

Software tem suas categorias, distribuídas por finalidades: software instalado, para quem está desconectado da internet. Portátil para quem não pode instalar software. Online para quem está em trânsito ou não pode instalar software. E por aí vai, se colocarmos os sistemas operacionais nesta conversa também.

Mas se o software é pra Windows tem de ter versão para Mac ou Linux. Se é pra Android tem de ter versão IoS. Se for online e falta internet tem de ter versão instalada localmente...

O navegador web como ambiente de execução de software

Assim sendo, o software ideal roda no navegador web,independente de estar na nuvem ou localmente no computador. O navegador web é o ambiente de execução dos aplicativos, não mais o sistema operacional. Como os programas proprietários vão lidar com essa questão ainda não imagino, mas um código binário universal será necessário para que seja lido por diversos navegadores; no caso de softwares livres, código não-compilado (front desk) já resolve – e é por aí que a mudança vai começar, no software livre.

Software modular

Outra tendência não tão nova assim mas que deve voltar pra ficar é o software modular, aquele que você adquire ou aluga uma estrutura com funcionalidades básicas e vai acrescentando funções novas. É o que os softwares na nuvem do Google ( Gmail Google Docs) ou os CMS (Gerenciadores de conteúdo) como o Wordpress oferecem.
No caso de softwares livres, isso vai permitir o surgimento de forks, ou seja, novos softwares com funções específicas a partir da base original, apenas com a reunião de funcionalidades novas. Nos softwares pagos o mesmo pode  acontecer.

Padrões abertos

Por fim, acredito que a adoção de padrões abertos será algo a ser adotado nos formatos de arquivos. Os dias de arquivos de vetor com extensão proprietária, como  .CDR, .AI vão dar lugar a arquivos .SVG, como faz o Inkscape – e isso já existe em outros formatos de arquivos, como .ODT para documentos de texto ou DXF pára CAD. Isso facilita a visualização em softwares de uso geral (navegador web) e até a edição em programas variados.

Extensão de arquivo e versão do software

Particularmente acredito que os formatos de arquivo deverão seguir o padrão do Photoshop, de abrirem em qualquer versão, ou terão extensões que possam ser trabalhadas numa faixa de versões, como o MS Access, o que dá quase no mesmo.

Por fim, os arquivos em formato proprietário que ainda permanecerem no mercado acabarão adotando extensões que reflitam a versão do software. Por exemplo, o saudoso Freehand, software de desenho vetorial, terminou seus dias com extensão .FH11, ou seja, FreeHand versão 11.

Gerenciar versões de arquivos será algo desnecessário, pois o software será baseado em padrões abertos, sendo compatível com diversas versões de diversos softwares aplicativos.

Conclusões

Enfim, além da IA/Inteligência Artificial ser adotada na maioria do softwares (assunto pra outro texto) essas são as tendências que projeto para o mercado de softwares aplicativos, nos próximos anos.

Trabalhar com programas aplicativos vai ficar mais fácil pois o mercado será mais diverso na sua oferta.

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