Achei essa matéria - Backup: Conceito e Tipos, do site Diego Macedo - tão boa que transcrevo aqui, pois serve tanto para empresas como profissionais e pessoas no dia-a-dia, no sentido de orientar como um backup deve ser feito, uma vez que, hoje, o backup pode ser online (na internet).
Apresento a seguir um resumo, com adendos meus; quem quiser ler o texto completo, está aqui..
Imagem: Strati.com.br |
Tipos de Backup
Backup existe para corrigir as seguintes situações:
- alteração e exclusão acidental de arquivo.
- arquivos corrompidos.
A maioria das pessoas que não são do ramo, pensarão que um backup é somente uma cópia idêntica de todos os dados do computador. Se nada for alterado nos arquivos, o backup também não muda. Para entender mais sobre este assunto, vamos entender os tipos diferentes de backup que podem ser criados. Estes são:
- Backups completos;
- Backups incrementais;
- Backups diferenciais;
- Backups delta;
Backup completo
O backup completo consiste na cópia de todos os arquivos para a mídia de backup, independente de versões anteriores ou de alterações nos arquivos desde o último backup. Este tipo de backup é o tradicional e a primeira idéia que vêm à mente das pessoas quando pensam em backup: guardar TODAS as informações.
O backup completo é o ponto de início para assinalar as alterações que deverão ser salvas em cada um dos métodos citados abaixo
A vantagem dessa solução é a facilidade para localizar arquivos que porventura devam ser restaurados.
A grande desvantagem dessa é que leva-se muito tempo fazendo a cópia de arquivos, quando poucos destes foram efetivamente alterados desde o último backup.
Um backup completo copia tudo indiscriminadamente para a mídia de backup, tendo modificações ou não. Por esta razão os backups completos não são feitos o tempo todo Fazer backup de 100 gigabytes de dados todas as noites quando talvez 10 gigabytes de dados foram alterados não é uma boa prática; por este motivo os backups incrementais foram criados.
Backups Incrementais
Os backups incrementais primeiro verificam se o horário de alteração de um arquivo é mais antiga que o horário de seu último backup. Se for, o arquivo pode ser ignorado desta vez. Por outro lado, se a data de modificação é mais recente que a data do último backup, o arquivo foi modificado e deve ter seu backup feito. Os backups incrementais são usados em conjunto com um backup completo frequente (ex.: um backup completo semanal, com incrementais diários).
Um backup incremental só copia os arquivos que foram alterados desde o último backup efetuado. Para restaurar os arquivos, você precisará do backup mais atual e de todos os backups anteriores desde o último backup completo.
A vantagem dessa solução é a economia tanto de espaço de armazenamento quanto de tempo de backup, já que o backup só será feito dos arquivos alterados desde o último backup. A desvantagem é que para procurar e restaurar os arquivos, se gasta muito tempo recriando a estrutura original - ou procurando o arquivo desejado -, que se encontra espalhada entre vários backups diferentes, o que pode tornar o processo lento e suscetível à riscos, se houver algum problema em um dos backups incrementais entre o backup completo e o último backup incremental.
Uma tentativa de diminuir a necessidade de procurar em todos os backups incrementais, foi criada uma tática conhecida como backup diferencial.
Backups Diferenciais
Os backups diferenciais são acumulativos; em outras palavras, uma vez que um arquivo foi modificado, este continua a ser incluso em todos os backups diferenciais (obviamente, até o próximo backup completo). Isto significa que cada backup diferencial contém todos os arquivos modificados desde o último backup completo, possibilitando executar uma restauração completa somente com o último backup completo e o último backup diferencial.
O backup diferencial é mais rápido, salva espaço e é mais simples de restaurar que os backups incrementais.
Uma variação deste backup é o Backup Delta.
Backups Delta
Este tipo de backup armazena a diferença entre as versões correntes e anteriores dos arquivos. Este tipo de backup começa a partir de um backup completo e, a partir daí, a cada novo backup são copiados somente os arquivos que foram alterados enquanto são criados hardlinks (veja aqui definição em inglês e português) para os arquivos que não foram alterados desde o último backup. Vide o Time Machine da Apple e o rsync do Unix.
A grande vantagem desta técnica é que ao fazer uso de hardlinks para os arquivos que não foram alterados, restaurar um backup de uma versão atual é o equivalente à restaurar o último backup, com a vantagem que todas as alterações de arquivos desde o último backup completo são preservadas na forma de histórico (como ao histórico de versões de documentos gerados por aplicativos online, como o Google Docs ou gerenciadores de conteúdo/CMS, como Blogs).
Mídias
As "unidades de fita" tem os benefícios de custo baixo e uma capacidade razoavelmente boa de armazenamento. Mas a procura por um arquivo específico nas fitas pode ser uma tarefa longa, além do equipamento de gravação ser caro.
Mas são uma opção interessante apenas para quem precisa armazenar uma grande quantidade de dados, pois o custo por megabyte das mídias é bem mais baixo que outras mídias.
Armazenamento
É óbvio que backups feitos devem ser armazenados. Entretanto, devemos considerar sob quais circunstâncias os backups devem ser usados ao decidir quem e onde será armazenado. Há três situações principais:
- Pequenos e rápidos pedidos de restauração dos usuários
- Grandes restaurações para recuperar de um desastre
- Armazenamento em arquivos, pouco provável de ser usado novamente
O armazenamento em arquivos (opção 3) pressupõe que a chance de ser utilizado para qualquer propósito é baixa, não haveria problema se a mídia de backup estivesse localizada longe do local de uso, num endereço próximo; Ou seja:
- Um conjunto no local de uso estritamente para pedidos imediatos de restauração
- Um conjunto fora do local de uso para armazenamento externo e recuperação de desastres
Enquanto os backups são uma ocorrência diária, as restaurações normalmente representam um evento menos frequente mas inevitável. E como o backup mais difícil de testar será o mais crítico, é preciso testar os backups.
Testando os Backups
Todos os tipos de backup devem ser testados periodicamente para garantir que os dados podem ser lidos através deles, pois, muitas vezes, os backups se tornam ilegíveis.
Muitas vezes isto só é percebido quando os dados perdidos devem ser restaurados pelo backup. As razões para isto vão de alterações no alinhamento do cabeçote do drive de fita, software de backup mal-configurado, erro do operador ou mídia ruim.
Independente da causa, sem o teste periódico você não pode garantir que está gerando backups recuperáveis no futuro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário