Imagem: blogpaineis.com.br |
Tinha horario agendado numa repartição pública. O agendamento por sí só era parte de uma estratégia da repartição para definir quantas pessoas seriam atendidas no dia, por estimativa de tempo (evitando o comércio de lugar na fila).
O famigerado painel eletrônico estava lá; só que os números não eram sequenciais, o que em tese impedia de alguém pegar duas senhas ou sair e voltar mais tarde (atrasando o atendimento).
Até aí tudo bem; o painel era bem feitinho, o atendimento por prioridade tinha colorido diferente, um som era tocado a cada nova chamada e repetido 3 vezes, etc. Mas nem tudo são flores.
Como esses painéis estão longe de serem uma tecnologia testada e aprimorada (ao contrário da senha tradicional e das filas única e de prioridade) essa repartição deveria se render à realidade e oferecer além de atendimentos com e sem prioridade, um terceiro balcão para atendimentos especiais (com urgência ou repescagem de quem perdeu a chamada).
Isso resolveria o problema das pessoas que entram e saem da fila (atrasando o atendimento) ou pegam mais de uma senha.
O ideal mesmo seria o painel mostrar uma lista de todos os atendimentos próximos (passados, presentes e futuros) e ao incluir pessoas que tem prioridade (que passam à frente na lista) mostrar uma cor ou descrição diferente, facilitando o entendimento da situação.
Informar uma previsão de tempo de atendimento, baseada na média de tempo dos atendimentos recentes, seria útil também.
Qualquer coisa que tenha transparência para quem aguarda é melhor que não saber quanto tempo falta para ser atendido, em nome de uma suposta "eficiência" medida por uma tecnologia feita por quem provavelmente não é especialista em atendimento ao público (profissionais de tecnologia?).
Já presenciei painel de atendimento que de tão demorado levava as pessoas a saírem e voltarem, sendo chamadas nesse intervalo, pois o tempo de chamada era muito longo. Isso só atrasava o atendimento de quem aguardava a chamada pacientemente.
Isso mostra que a tecnologia sozinha não é tudo; estudar e compreender as pessoas - o objetivo final de toda a tecnologia - é que faz o progresso andar a passos largos.
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