quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Aplicativos desktop, online e offline


Ptotopea.com recupera arquivos quando o navegador trava ou fecha.


Opinião
Assim como a responsividade e UX/UI dos sites na web ainda precisa melhorar, as aplicações online ainda tem um certo caminho a percorrer, para se equivaler às aplicações offline ou em micros de mesa/desktop. Eu utilizo o programa online Photopea, gratuito (suportado por propaganda) equivalente a um outro  famoso programa pago - lembrando que software gratuito e pago não concorrem no mercado; assim sendo, softwares da mesma categoria e com mesmo modelo de negócio (faturamento) é que concorrem entre si.

Posto esse cenário, discuto aqui algumas características do software online e offline:


Aplicativos online: recursos e limitações

O Photopea, apesar de recuperar arquivos que foram fechados no navegador sem salvar (contanto que o cache de arquivos não tenha sido apagado) não avisa que os arquivos não são salvos localmente, se o HD estiver cheio (nesse ponto a fronteira do que seria função do software aplicativo ou do Sistema Operacional fica tênue).

O Photopea, também oferece recurso de PWA/Progressive Web App, que teoricamente seria poder instalar/copiar/rodar o software localmente, via navegador web. Na prática o aplicativo primeiro precisa ser acessado no navegador online, para depois poder ser acessado offline ou desconectado da internet. Uma vez feito isso o navegador não pode mais ser fechado nem o computador desligado, ou seja: um recurso interessante mas que na prática ainda tem que evoluir pra ser comparável aos aplicativos realmente offline.

Críticas ao modelo de desenvolvimento dos aplicativos móveis

A lista de limitações específicas dos aplicativos online é longa, mas se resume a poucos conceitos gerais como:
O aplicativo online tem que ter 
  • leveza, ou seja, pra carregar rápido no navegador móvel
  • recursos resumidos pra não consumir muita memória do navegador web
  • interface simplificada pela falta do mouse, das teclas especiais do teclado (físico) e tela estreita
Eu questiono a primeira opção (leveza) pois se o aplicativo não funciona rápido por falta de memória no navegador web, basta mudar para outro navegador mais leve; o navegador é que deveria ser leve ou permitir carregar e descarregar recursos durante a sua utilização, para esse fim. Se o problema for processamento, aí basta usar o bom-senso: ninguém vai editar um longa-metragem num smartphone/celular 2G ou semelhante.

A segunda afirmativa (recursos simplificados) diz que problemas de memória resolvem usando aplicativos móveis em vez do navegador web, ou seja, resolvendo os problemas de memória, todos os recursos do aplicativo podem funcionar no navegador web.
Bastaria perguntar ao usuário se deseja carregar no navegador web o aplicativo completo ou parcialmente, analisando as configurações do aparelho móvel  (celular ou tablet).

A última declaração (interface simples) já é resolvida em alguns aplicativos móveis, como o Ibis Paint (aplicativo de edição de imagem na linha do Photoshop), que oferece no celular os recursos existentes na interface de mesa/desktop, num processo de substituição: no lugar de teclas de atalho ou botões do mouse, botões na interface. No lugar de botões de interface, comandos via tela de toque ou touch-screen.
Por exemplo, no Ibis Paint desktop girar a tela de edição basta pressionar Contrl + Shift e girar a roda do mouse; para fazer isso no aplicativo móvel, basta tocar a tela com 2 dedos e fazer o movimento desejado.

Conclusões

Enfim, aplicativos móveis ou online ainda estão longe de um padrão mínimo no quesito UI/ Interface de Usuário (que dirá UX/Experiência de usuário!) mas o fato de que boas soluções móveis estão surgindo é sinal de que num futuro próximo o uso das aplicações desktop e móveis serão mais semelhantes do que diferentes.



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